Fasceíte e piomiosite por streptococcus pyogenes: relato de caso

Sofia Louise Santin Barilli; Paula Buchs Zucatti; Fabiana Henriques Maciel; Adriana Alves dos Santos; Anaelí Brandelli Peruzzo; Rafaela dos Santos Charão de Almeida

Autores

Sofia Louise Santin Barilli Grupo Hospitalar Conceição, Hospital Nossa Senhora da Conceição – Porto Alegre (RS), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-8635-6029
Paula Buchs Zucatti Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Centro de Tratamento Intensivo – Porto Alegre (RS), Brasil. https://orcid.org/0000-0003-0406-6835
Fabiana Henriques Maciel Grupo Hospitalar Conceição, Hospital Nossa Senhora da Conceição – Porto Alegre (RS), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-4881-7939
Adriana Alves dos Santos Grupo Hospitalar Conceição, Hospital Nossa Senhora da Conceição – Porto Alegre (RS), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-4219-5358
Anaelí Brandelli Peruzzo Grupo Hospitalar Conceição, Hospital Nossa Senhora da Conceição – Porto Alegre (RS), Brazil. https://orcid.org/0009-0009-3185-5195
Rafaela dos Santos Charão de Almeida Grupo Hospitalar Conceição, Hospital Nossa Senhora da Conceição – Porto Alegre (RS), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5003-2284

Resumo

Objetivo: Relatar o caso de uma paciente com estreptococcemia por Streptococcus pyogenes com evolução para fasceíte e piomiosite. Método: Relato de caso que ocorreu em uma unidade de terapia intensiva de um hospital público de grande porte, em agosto de 2023. Estudo aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Paciente feminina, 15 anos, admitida na emergência com dor intensa, edema e lesão bolhosa em membro superior esquerdo. Evoluiu rapidamente para choque séptico em decorrência de fasceíte necrosante, com lesão grave de partes moles, sendo confirmada estreptococcemia invasiva por Streptococcus pyogenes. Foi transferida para a UTI, coletadas hemoculturas e iniciada antibioticoterapia de amplo espectro. Seguiu em acompanhamento com cirurgia-geral, plástica, enfermeiros intensivistas e estomaterapeutas. Foram indicados fasciotomia e repetidos desbridamentos mecânicos. Implementaram-se cuidados específicos para a lesão, utilizando hidrofibra de prata, tela de silicone e gel hidroativo. Depois, reinternou para enxertia em MSE e seguiu acompanhamento ambulatorial com estomaterapia e excelente evolução. Conclusão: A estreptococcemia invasiva é desafiadora pela rápida progressão e elevada mortalidade, necessitando de tratamento abrangente e urgente. Diagnóstico oportuno, antibioticoterapia adequada, intervenção cirúrgica imediata e suporte multiprofissional intensivo, incluindo cuidado avançado com lesões, foram cruciais para o melhor desfecho.

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