Estratégias de enfrentamento de pessoas com estomias de eliminação e fatores associados: estudo transversal

Damaris Nunes de Lima Rocha  Morais; Iana Mundim de Oliveira; Larissa Arbués Carneiro; Patrícia de Sá Barros

Autores

Damaris Nunes de Lima Rocha Morais Universidade Federal de Goiás – Goiânia (GO), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-2039-7936
Iana Mundim de Oliveira Universidade Federal de Goiás – Goiânia (GO), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-7005-7497
Larissa Arbués Carneiro Universidade Federal de Goiás – Goiânia (GO), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-5822-1410
Patrícia de Sá Barros Universidade Federal de Goiás – Goiânia (GO), Brasil. https://orcid.org/0000-0003-2642-586X

Resumo

Objetivo: Analisar as estratégias de enfrentamento de pessoas com estomias de eliminação em um serviço especializado no atendimento a pessoas com estomias do Sistema Único de Saúde (SUS). Método: Estudo transversal com 201 indivíduos com estomias intestinais e/ou urinárias por qualquer causa. Utilizou-se questionário sociodemográfico, clínico e Escala Modo de Enfrentamento de Problemas, que avalia estratégias de enfrentamento focalizado: problema (fator 1), emoção (fator 2), busca por práticas religiosas/pensamento fantasioso (fator 3), suporte social (fator 4). Resultados: Observa-se as médias: fator 1 (4,19), fator 2 (1,81), fator 3 (3,84) e fator 4 (2,61). O fator 1 associou idade (p=0,04), condição de trabalho (p=0,05) e preparação para cirurgia (p=0,05). No fator 2, a associação foi com idade (r=-0,14; p=0,04), renda (p=0,003), prática de atividade física (p=0,04) e número de bolsas (p=0,01). Sexo (p=0,02), idade (p=0,02), renda (p=0,04), tempo de estomia (p=0,04), causa de estomia (p=0,01), tipo de estomia (p=0,04) e número de bolsas/mês (p=0,01) foram associados ao fator 3. A idade (r=-0,194; p=0,006) e o tempo de estomia (p=0,03) se correlacionaram ao fator 4. Conclusão: Verificou-se falta de preparação prévia sobre a condição de pessoa com estomia. O conhecimento das estratégias de enfrentamento e do perfil dos pacientes contribui para intervenções efetivas de acolhimento e psicoeducação.

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Biografia do Autor

Damaris Nunes de Lima Rocha Morais , Universidade Federal de Goiás – Goiânia (GO), Brasil.

Damaris Morais reside em Goiânia–GO e vive a condição de ileostomizada por Retocolite Ulcerativa desde o ano 2000. Possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Goiás e Psicologia pela PUC-GO, é especialista em Psicologia da Saúde e Hospitalar e mestra em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Goiás.
Dedica-se ao voluntariado na ACCG - Associação de Combate ao Câncer em Goiás, na AOG - Associação dos Ostomizados de Goiás e na AGDII - Associação Goiana de Pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais.
É autora do livro "Mulher com Ostomia - Você Pode Manter o Encanto", agora em sua 7ª edição.
Damaris criou o perfil @ostoviver e a hashtag #supervivendocomumaostomia.
Profissionalmente, exerce a função de psicóloga na Direção de Atenção à Saúde do Servidor na Universidade Federal de Goiás.

Iana Mundim de Oliveira, Universidade Federal de Goiás – Goiânia (GO), Brasil.

Graduada em Enfermagem pela Universidade Paulista - UNIP (2012). Mestre (2020) e Doutoranda em Ciências da Saúde pela FM/UFG. Especialista em Enfermagem Obstétrica (2019) e em Assistência à Saúde Materno-Infantil - modalidade Residência Multiprofissional (2015) pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Especialista em Enfermagem do Trabalho (2023) pelo Gran Centro Universitário. Atualmente é Enfermeira no Hospital das Clínicas UFG (HC-UFG/EBSERH).

Larissa Arbués Carneiro, Universidade Federal de Goiás – Goiânia (GO), Brasil.

Professora do Departamento de Saúde Coletiva, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás. Graduação em Psicologia pela Universidade Católica de Goiás (2005). Mestrado (2010) e doutorado (2015) em Ciências da Saúde - UFG. Especialização em Comunicação e Saúde - Fiocruz (2007) e em Dinâmica de Grupos e Gestão de Equipes - CEAPG (2019), especializando em Saúde Mental Infantojuvenil-Juvenil- CENAT. Atuou como Psicóloga na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (2008 a 2018). Experiência nas áreas de saúde coletiva, docência e intervenção psicossocial, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde mental; reforma psiquiátrica; luta antimanicomial; políticas de saúde; ensino na saúde; educação superior; educação permanente em saúde; educação popular e saúde; educação e direitos humanos; comunicação e saúde; desenvolvimento humano; grupos e instituições.

Patrícia de Sá Barros, Universidade Federal de Goiás – Goiânia (GO), Brasil.

Doutora em Ciências Médicas, Área de Neurologia, Sub-área Neurociência (2008); Mestre em Ciências Médicas, Área de Neurologia, Sub-área Neurociência (2004); Especialista em Fisioterapia músculo-esquelética (2002); Graduada em Fisioterapia (2001). Atual coordenadora do Curso de Fisioterapia da UFG e Vice-coordenadora do Programa de Pós Graduação Mestrado Profissional em Saúde Coletiva / UFG.

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