Resumo da tese

Authors

  • Isabel Umbelina Ribeiro Cesaretti
  • Lucila Amaral Carneiro Vianna Orientadora
  • Vera Lúcia Conceição de Gouveia Santos Orientadora

Abstract

Qualidade de Vida de Pessoas Colostomizadas, com e sem o uso de Métodos de Controle Intestinal

O estudo teve como objetivo principal: avaliar a qualidade de vida de pessoas colostomizadas, com e sem o uso de métodos de controle intestinal, ou seja, o uso associado de irrigação e do sistema oclusor da colostomia. Método: Trata-se de um estudo observacional, e foi desenvolvido no Setor de Estomizados do Ambulatório Regional de Especialidades do Complexo Hospitalar Heliópolis. Para coletar os dados, utilizaram-se dois instrumentos: o formulário de identificação e o WHOQoL- abreviado. Os dados foram coletados no período de outubro de 2005 a maio de 2006, após a apreciação e aprovação do projeto pelos Comitês de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo e do Hospital Heliópolis. A amostra foi constituída de 100 pessoas colostomizadas, separadas em dois grupos: 50 pessoas que usavam os métodos de controle intestinal (Grupo Com MCI = caso), e 50 que não os utilizavam (Grupo Sem MCI = controle). As variáveis pesquisadas foram: sociodemográficas (sexo, idade, escolaridade, religião / crença, situação conjugal, suporte familiar, situação de trabalho, profissão / ocupação), clínicas (doença de base, doença associada, tratamento adjuvante, tempo de colostomizado [meses], tempo de acompanhamento no Serviço [meses], tempo de uso de irrigação da colostomia [meses], tempo de uso do sistema oclusor da colostomia [meses], tempo de permanência do sistema oclusor da colostomia [horas]) e as referentes à qualidade de vida(constantes no WHOQoL-abreviado, ou seja, os quatro Domínios e as respectivas facetas, e a Qualidade de Vida Geral [escores de Saúde Geral e de Qualidade de Vida calculados conjuntamente]). Os dados foram analisados por meio de testes paramétricos (Teste t-Student e ANOVA) e não paramétricos (Teste de Mann-Whitney e de Kruskal-Walis), coeficientes de correlação de Pearson e Spearman e análises de covariância e de regressão logística. Resultados: Nas variáveis sociodemográficas, não houve diferença estatisticamente significante quando se compararam os dados entre os Grupos Com e Sem MCI. Também nas variáveis clínicas, não houve diferença estatisticamente significante ao se compararem os dados: doença de base, doença associada e tratamento adjuvante entre os dois Grupos. Por outro lado, quando foram comparadas as variáveis: Tempo colostomizado e Tempo de acompanhamento no Serviço entre os Grupos, houve diferença estatisticamente significante, observando-se que as pessoas do Grupo com MCI estavam colostomizadas e sendo acompanhadas no Serviço em período significativamente maior do que daquelas do Grupo sem MCI (p-valor <0,001). Referente às variáveis relacionadas à qualidade de vida, as pessoas colostomizadas do Grupo Com MCI tinham qualidade de vida significativamente melhor, sendo isso observado em todos os Domínios (DF =81,93; DP= 82,17; DRS = 80,33; DMA = 71,31) e na Qualidade de Vida Geral ("overal") (17,92) do que aquelas do Grupo Sem MCI (DF = 63,07; DP = 66,50; DRS = 65,67; DMA = 59,31 e Qualidade de Vida Geral = 15,04). Foi verificado, ainda, que quanto maior o Tempo de colostomizado, Tempo de acompanhamento no Serviço e Tempo de uso do sistema oclusor da colostomia, maior o escore de qualidade de vida no Domínio Físico, e quanto maior o Tempo de colostomizado e o Tempo de acompanhamento no Serviço, maior o escore de qualidade de vida no Domínio Psicológico e na Qualidade de Vida Geral. Constataram- se, ainda, diferenças estatisticamente significantes entre os escores médios de qualidade de vida no Domínio Meio Ambiente e a variável: Sexo, observando-se que o feminino apresentou maior valor de escore de qualidade de vida, e entre os escores médios obtidos nos Domínios Psicológico e Meio Ambiente e a variável: Doença de base, onde as pessoas colostomizadas, que apresentavam neoplasia colo-retal, mostraram escores mais altos de qualidade de vida, quando comparadas às de outras causas de estoma. Conclusões: Os resultados do estudo elucidaram a questão de pesquisa e a hipótese formulada, pois existem diferenças estatisticamente significativas entre a qualidade de vida das pessoas colostomizadas, que fazem uso de métodos de controle intestinal (Grupo Com MCI) em relação àquelas que não os utilizam (Grupo Sem MCI). Além disso, a regressão logística confirmou o uso dos MCI como fator de predição de melhor qualidade de vida na amostra. 


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Published

2008-09-01

How to Cite

1.
Cesaretti IUR, Vianna LAC, Santos VLC de G. Resumo da tese. ESTIMA [Internet]. 2008 Sep. 1 [cited 2024 Mar. 28];6(3). Available from: https://www.revistaestima.com.br/estima/article/view/236

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